sexta-feira, 1 de junho de 2012

Abatedouro clandestino é interditado em Jaraguá do Sul

31/05/2012 | 13h06min

 

Mais de sete toneladas de alimentos foram apreendidas em estabelecimentos da cidade


No abatedouro estavam equipamentos utilizados fora das normas
Foto:Lucio Sassi / Agencia RBS

 

Uma operação comandada pelo Ministério Público, em parceria com a Polícia Ambiental, Ministério da Agricultura, Vigilância Sanitária e Companhia de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), resultou na apreensão de mais de sete toneladas de carnes, frios e laticínios com irregularidades esta semana em Jaraguá do Sul.

A apreensão aconteceu em dois supermercados, na terça e quarta-feira, e num abatedouro clandestino, na manhã desta quinta-feira.

Entre os problemas encontrados nos mercados estavam produtos fora da validade, com refrigeração inadequada e alguns sem comprovação de origem. No abatedouro irregular foram encontrados vários equipamentos utilizados para o abate sem higienização e fora das normas exigidas pelo Ministério da Agricultura.

Os estabelecimentos foram notificados e terão 30 dias para apresentar defesa. Os produtos apreendidos foram levados para o aterro sanitária de Mafra.

A NOTÍCIA

http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a3775931.htm


Jovem morta em Jaraguá do Sul com 32 facadas sofria agressões por causa de ciúmes

01/06/2012 | 10h31min


Irmã da vítima afirma que o cunhado era violento


Apesar de morar com o companheiro, Aline Zapora, 16 anos, demonstrava seu lado adolescente ao colocar bichos de pelúcia para enfeitar o quarto. E foi ao lado de um desses brinquedos que ela teve a vida tirada na madrugada de quinta-feira.

Ela foi morta com 32 facadas na quitinete em que morava, no bairro Vieira, em Jaraguá do Sul, no Norte do Estado.

O principal suspeito é o companheiro da vítima, Mauro Sérgio Santos Nascimento, 21 anos, que foi encontrado pela polícia perto da vítima. Ele foi morto com quatro tiros pelos policiais ao tentar reagir. O homem foi levado ainda com vida ao hospital da cidade, mas morreu duas horas depois.

O casal vivia junto há dois anos. Na tarde anterior ao assassinato, ela registrou um boletim de ocorrência contra o marido na Delegacia da Mulher. A delegada que a atendeu, Milena Rosa, diz que a adolescente relatou que era agredida frequentemente pelo companheiro, por ciúmes.

— O exame de corpo de delito estava marcado para hoje (ontem). Aline não entrou com pedido de medida protetiva urgente, que afastaria o agressor. Ela só quis informar a situação—, comenta a delegada.

Depois de registrar o BO, Aline teria voltado para casa.

Segundo o capitão do 14º Batalhão da Polícia, Aires Pilonetto, na madrugada de quinta, quando ocorreu o crime, a irmã da vítima, que morava perto do apartamento do casal, ouviu os gritos de socorro vindos da quitinete.

Ela foi ao local para saber o que estava acontecendo, já que sabia que o cunhado era agressivo. A porta estava trancada. Ao olhar pela janela do quarto do casal, ela diz ter visto Mauro bater na irmã e chamou a polícia.

A polícia teve de arrombar a porta para ter acesso ao apartamento. Segundo os policiais, o agressor estava sobre o corpo da adolescente morta e, ao ver a PM, tentou reagir à prisão. Os policiais dispararam quatro vezes contra o homem. Um inquérito vai investigar a ação dos policiais.

Aline era de Curitiba, mas foi criada em Três Barras, no Planalto Norte, onde foi enterrada nesta sexta-feira, às 9 horas, no Cemitério São Cristóvão. Mauro nasceu em Canoinhas, onde será sepultado.

Conhecidos lamentam

Vizinha do casal, Carla Kroth Marxsen acordou assustada com o barulho dos disparos da polícia durante a madrugada. Ela ficou surpresa com a notícia do assassinato.

— Eles moravam há pouco tempo aqui na rua. Sei que ficaram separados um tempo e que ela era muito querida—, lembra.

A dona de casa conta que a adolescente era babá de duas crianças.

À noite, Aline estudava no primeiro ano do ensino médio. Segundo a professora de biologia da menina, Deneusa Martins, a aluna entrou na escola em fevereiro deste ano, mas ficou um mês e meio afastada.

— Ela voltou no começo do mês com o comportamento diferente. Antes, interagia mais com os colegas, agora estava mais na dela. Sentava em uma carteira bem na frente. Era uma garota disciplinada—, comenta a professora.

A NOTÍCIA

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Hospital São José de Jaraguá do Sul começa a captar córneas

31/05/2012 | 11h27

Iniciativa tenta reduzir fila de espera por transplante, que tem quase 800 em SC

Há cinco anos, o estudante Alisson André Caetano da Silva, 16 anos, percebeu que tinha dificuldade de enxergar a lição no quadro-negro. Por orientação da professora, procurou um oftalmologista.

Após exames, ele descobriu que tinha ceratocone, doença que faz a pessoa perder a visão gradativamente.

— Eu via embaçado. O transplante de córnea (membrana protetora do olho que tem formato e espessura alterados pela doença) era a única solução para não ficar cego —, relembra.

A cirurgia na córnea direita ocorreu cerca de dois anos depois, no Hospital Municipal São José, de Joinville, quando Alisson estava com 2% da visão.

— Agora, vejo bem as coisas, mas o médico disse que vai melhorar mais quando terminar de tirar os pontos. Tem que ser feito aos poucos —, comenta ele, que agora está na fila de espera para operar o olho esquerdo.

A história de Alisson representa a de centenas de pessoas que esperam por um transplante de córnea – o ceratocone é a causa da maioria dos transplantes de córnea no Estado. Para reduzir a espera pela cirurgia, hoje de 784 pessoas no Estado, o Hospital São José, de Jaraguá do Sul, implantou uma unidade de captação que começa a funcionar neste mês.

De acordo com a enfermeira Daniela Bertolino, coordenadora da comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos do São José, famílias de pacientes que não sobreviveram serão consultadas para autorizarem a doação. As córneas serão encaminhadas ao Banco de Olhos de Joinville, que distribui os órgãos às regiões Norte e Nordeste do Estado.

Gestor administrativo do banco, Júlio César Vieira explica que uma doação de córneas beneficia até seis pacientes. No Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, em Joinville, são realizadas, em média, 60 captações de córnea por mês. Na fila de espera, há 60 pacientes, incluindo moradores de Jaraguá.

Para Alisson, o dia 1º de abril de 2011, data da cirurgia, representou uma mudança de vida.
O estudante do 1º ano do ensino médio da Escola José Duarte Magalhães se sentiu estimulado a buscar a carreira de cantor. Pai de uma menina de um ano, Alisson canta e toca bateria e está gravando um CD de músicas evangélicas.

— Graças à cirurgia, tenho uma vida normal. Se não enxergasse, tudo seria mais difícil —, destaca.