sexta-feira, 9 de março de 2012

Vale do Itajaí completa seis meses da enchente com avanço em projetos de prevenção

Desde setembro de 2011, projetos de alerta e contenção de cheias foram anunciados


Em Rio do Sul, moradores ainda precisam atravessar de barco local 
onde ponte caiu.
Gilmar de Souza / Agencia RBS


Nesta semana, a última enchente que o Vale do Itajaí enfrentou completa seis meses. Desde então, os municípios enfrentam a burocracia para recuperar a infraestrutura. E a preocupação em alertar com antecedência os desastres fez projetos importantes avançarem.

>> Confira como está o andamento dos principais projetos de prevenção e recuperação depois da enchente de setembro de 2011 <<

 
Em seis meses, o Estado está capacitando as Defesas Civil regionais, os municípios menores estão mais atentos aos riscos e novos sistemas de alertas estão previstos ao longo da Bacia do Rio Itajaí.

Coordenador do Centro de Operação do Sistema de Alerta (Ceops), da Furb, o engenheiro hidrólogo Ademar Cordero garante que, em 30 anos dedicados aos serviços de alerta, nunca presenciou um momento em que tantos investimentos simultâneos foram feitos após a ocorrência de um desastre.
— Devido à sequência de desastres que aconteceram no país e no Estado nos últimos anos, os governos estão mais atentos e perceberam a importância de investir na prevenção. Não vi isso nem mesmo após as grandes cheias da década de 1980 —explica.

Embora ainda não sejam uma realidade, nos últimos seis meses houve avanços em projetos preventivos pelo Vale. No mês passado, o governo do Estado lançou licitação para desenvolver os planos de engenharia de três obras que compõem a primeira etapa do Projeto Jica.

Entre elas estão a ampliação da capacidade das barragens de Taió e Ituporanga, a construção de comportas no Rio Itajaí-Mirim e a aquisição de radar meteorológico para prever chuvas com até três horas de antecedência.

Mas o prazo de conclusão da primeira etapa, que abrange outras quatro obras preventivas, deve ser concluído apenas em 2016.

Nos seis meses desde a enchente, Rio do Sul mapeou as áreas de risco, Blumenau refaz o estudo para atualizar as cotas de enchente, que já baixaram de 8 para 7 metros, e também abriu licitação para prosseguir com as obras de recuperação da margem esquerda do Itajaí-Açu.

Confira a reportagem completa, em três páginas, na edição desta sexta-feira do Santa

 
JORNAL DE SANTA CATARINA