quinta-feira, 5 de julho de 2012

Foram confirmados mais dois casos de H1N1, em Jaraguá

Sobe o número de pessoas contaminadas da Gripe A, em Jaraguá do Sul

O Correio do Povo
Publicado 05/07/2012 às 08:52:12 - Atualizado em 05/07/2012 às 09:39:50

A Secretaria da Saúde de Jaraguá do Sul confirma que até segunda-feira (2), cinco pacientes tiveram seus exames confirmados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) como portadores do vírus H1N1. Dos cinco pacientes, quatro já receberam alta do hospital e uma continua internada, uma gestante. Dos sete pacientes internados com suspeita de Gripe H1N1, um já descartou a suspeita e os outros seis aguardam o laudo do Lacen, que demora de sete a dez dias para ser emitido. Todos os casos suspeitos recebem o tratamento adequado imediatamente, independente do laudo do Lacen.

No Brasil, 51 pessoas já morreram em decorrência da Gripe H1N1, sendo 38 de Santa Catarina, ou 74,5% do total. O diretor de Vigilância em Saúde de Jaraguá do Sul, Walter Clavera, ressalta que a Vigilância Epidemiológica está monitorando todos os casos e que não há motivo para alarme da população. “É, sim, necessária a atenção de todos, para evitar o contágio e a proliferação do vírus. Lavar as mãos com frequência e manter os ambientes bem ventilados está entre os principais cuidados”, alerta Clavera. O diretor também enfatiza a importância de se estar atento aos sintomas da Gripe H1N1, como febre alta, dores nas articulações e dificuldade para respirar. “Ao surgir sintomas como esses, o médico deve ser consultado o mais breve possível, pois a doença em estágio inicial é muito mais fácil de ser controlada”, explica.

O CORREIO DO POVO

http://www.ocorreiodopovo.com.br/ciencia-e-saude/foram-confirmados-mais-dois-casos-de-h1n1-em-jaragua-2698595.html

 

Solidariedade - Mulheres unidas para a superação


Rede Feminina de Combate ao Câncer de Jaraguá do Sul comemora hoje 25 anos de atividades

Samira Mara Hahn
Publicado 04/07/2012 às 14:08:10 - Atualizado em 04/07/2012 às 15:19:09
 
Sede da Rede Feminina de Combate ao Câncer fica na Rua Procópio Gomes de Oliveira, no Centro de Jaraguá (Fotos: Marcele Gouche)
 
Uma mão amiga. É assim que a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Jaraguá do Sul se apresenta numa hora de dificuldade. Somente mulheres que já passaram por esse problema entendem o quanto pesa a luta contra essa doença, que tem como consequência a retirada de uma parte do corpo cheio de simbolismo para o universo feminino: o seio.
Pacientes têm de enfrentar tratamentos intensivos, medicação em longo prazo, e rotinas de exames exaustivas. Nessa hora, a Rede Feminina se agiganta para ajudar. São 25 anos, completados hoje, nessa missão de aconselhar e amparar as mulheres que enfrentam esse mal. Para comemorar a data, nesta quarta-feira será realizado um encontro com mais de 400 voluntárias do Estado.
A entidade auxilia pacientes desde exames de prevenção até encaminhamento médicos e ajuda às famílias carentes. No ano passado foram realizados cinco mil exames preventivos.  Todo esse trabalho de auxílio ao próximo conta com cerca de 100 voluntárias que colaboram em diversos projetos da entidade, e 11 funcionários, entre médicos e o setor administrativo. Segundo a presidente da Rede Feminina, Rozanda Balestrin, a entidade dá o suporte integral e atende 34 mulheres da região por dia.


A paciente que virou voluntária
Uma das beneficiadas com o atendimento da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Jaraguá do Sul foi a dona de casa Lúcia Gracioli, 57, anos. Depois de 12 anos que descobriu o câncer, hoje ela comemora, com alívio, a recuperação da doença. Lúcia descobriu que tinha um tumor em 2000, logo após a morte do pai, Ary Lamela.
Ela fazia exames regularmente e que nunca tinham acusado nenhuma  mudança. Somente depois dos problemas de saúde do pai, acabou descobriu o nódulo. “Eu estava tomando banho, quando senti uma bola diferente no seio direito, fui ao médico e fiz os exames. No mesmo mês já comecei o tratamento”, lembra. Lúcia explica que o nódulo já era bastante grande, e que o médico solicitou tratamento imediato.
A medicação foi longa e cansativa, na época ela tinha de ir para Joinville fazer as sessões. “Foram três sessões de quimioterapia, a cirurgia de retirada do seio, mais três sessões de quimioterapia e 45 de radioterapia”, afirma.
Durante todo o tratamento, ela sentiu vários efeitos colaterais  mas a perda dos cabelosfoi o que mais lhe incomodou. Sua autoestima abalou e o uso das perucas não a deixava confortável. Atualmente, a dona de casa é voluntária da rede feminina. Com os cabelos  ruivos crescidos e bem cuidados, ela trabalha no bazar da entidade há dez anos. No local, vende roupas usadas de baixo valor, e o dinheiro arrecadado é utilizado na manutenção da entidade.

A dona de casa Lúcia ajuda na Rede Feminina há dez anos


A fé que curou Salete
Devota de Nossa Senhora Aparecida, a aposentada Salete Maria Wrichinski, 54 anos, descobriu que tinha câncer há dois anos. Depois da cirurgia para retirada dos nódulos e do tratamento ela se emociona em lembrar que hoje está curada. Salete ainda toma remédios, e conta que nunca imaginou que teria essa doença. Para ela, essa realidade era muito distante.
Toda a história começou quando um exame preventivo acusou uma alteração. O marido, o aposentado Jair Ramos, 63 anos, não quis acreditar no primeiro diagnostico e levou a esposa para um médico, em Joinville, que também percebeu as alterações. Em uma terceira tentativa, em Florianópolis, Salete fez um último exame que confirmou os diagnósticos anteriores, ela estava com câncer.
Como a doença estava no começo não precisou de quimioterapia. Porém, teve de retirar o seio direito. Depois da cirurgia, no quarto de recuperação ela soube que ficaria bem. Da luz da porta do quarto, ela viu o reflexo de Nossa Senhora Aparecida entrando em seu quarto, e foi aí, que ela realmente percebeu que estava sendo cuidada.
Hoje, ela conta que a força do marido e dos filhos foi muito importante na recuperação, e que quer colocar uma prótese no peito retirado, mas sente medo de que haja outras complicações.

Salete conta que viu a imagem da Nossa Senhora Aparecida no quarto do hospital 
 
O CORREIO DO POVO
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MP investiga casos de adoção irregular em Jaraguá


Menina foi parar em um abrigo na Capital, após denúncia de que ela não vivia com os pais biológicos


Debora Remor
Publicado 05/07/2012 às 06:00:38 - Atualizado em 05/07/2012 às 00:13:43

 
Uma jaraguaense completa hoje quatro meses e, mesmo tendo passado por duas famílias, ainda não se sabe qual o futuro da menina. Desde a semana passada, a criança vive em um abrigo, em Florianópolis. Ela está no olho do furacão de um caso de adoção irregular. O promotor da Vara da Infância da Comarca de Jaraguá do Sul, Rafael Meira Luz, protocolou na última terça-feira uma ação para investigar o caso. Os pais biológicos e um homem, com quem a menina morava até dias atrás, são os réus do processo, que corre em segredo de Justiça.
A ação possui dois pedidos diversos. Um deles é pela retirada da guarda da criança dos pais biológicos, os quais entregaram a menina para um homem que vive em Florianópolis. A criança nasceu no Hospital e Maternidade Jaraguá. “Já que a mãe entregou a filha, o MP entende que ela não tem condições de criar essa criança”, afirmou o promotor. O outro pedido quer a nulidade do registro de nascimento da menina. Com quatro dias de vida, a criança ganhou a Certidão de Nascimento no Cartório de Guaramirim. Ela foi registrada no nome da mãe biológica e no nome do homem, que a levou para morar com ele em Florianópolis. Luz disse acreditar na existência de indício de crime por parte do homem que foi indicado como pai da criança no registro do cartório.
O promotor explica que o artigo 242 do Código Penal pune, com dois a seis anos de prisão, quem registrar uma criança que não é seu filho. O homem que ficou com a menina pode ser enquadrado no artigo 299, que trata sobre falsidade ideológica. “Entendemos que existe indício de irregularidade por parte do registrador, pois ele não confirmou os nomes dos pais biológicos na Declaração de Nascido Vivo, emitida no hospital, e registrou outro nome como pai da criança”, acrescentou o promotor.
Seguindo registros, o MP descobriu que a criança fez o teste do pezinho, 15 dias atrás, na Capital. As Comarcas de Jaraguá, Guaramirim, São José e Florianópolis trabalham juntas para proteger a menina.
Na semana passada, foi feito um pedido de busca e apreensão, “como uma ação cautelar, resguardando a segurança da criança, que foi levada para um abrigo”. Ele encaminhou ainda um pedido para que o caso seja julgado em Jaraguá  e que a menina seja trazida para cá. As duas famílias podem ficar sem a guarda da criança.
A reportagem procurou o advogado de um dos envolvidos, mas ele não quis se identificar e nem se manifestar, pois o processo corre em segredo de Justiça.




Promotor Rafael Meira Luz abriu ação contra os suspeitos pelo crime
(Foto: Eduardo Montecino)




Tática usada é forjar o registro do nascimento

A “adoção direta” está mudando de tática, segundo avaliação do promotor da Infância de Jaraguá do Sul, Rafael Meira Luz.
 Ele explica que ao invés de tentar regularizar, depois de anos, uma situação de adoção de fato, como era feito antigamente, os interessados acionam amigos e conhecidos para encontrar uma gestante disposta a entregar o filho.

No último dia 28, uma denúncia anônima levou a outro caso semelhante de adoção irregular. A criança envolvida também está no abrigo esperando por decisão judicial. Um homem, que não tinha ligação sanguínea com o recém-nascido, tentou fazer a Certidão de Nascimento acompanhado da mãe biológica. O cartório fez o alerta quando suspeitou da irregularidade no nome dos pais. “Essa é uma nova vertente da adoção irregular na região”, explica o promotor da Infância, Rafael Meira Luz.
Ele conta que antigamente a família interessada na adoção não se envolvia com a documentação, vivia com a criança e só depois de muitos anos entrava com um pedido de reconhecimento de guarda. “Eles acham que quando já existem os vínculos afetivos, a adoção é garantida. Mas eu tenho me pronunciado contra justamente para combater essa prática de adoção irregular”.
Na última segunda-feira, perante o juiz, o homem que queria registrar a filha em Jaraguá do Sul desistiu de ficar com a criança e a mãe pediu a guarda da menina de volta. “Agora eu não acredito que nenhuma das duas famílias deve ficar com a criança. Não é um brinquedo para jogar dessa forma”, salienta.

A rede que tenta interromper esse hábito de adoções irregulares está se reforçando. A preocupação inicial, que era apenas do Ministério Público, hoje já envolve funcionários de hospitais e postos de saúde e chega a cartórios e creches. “Todo o sistema de proteção à criança está agido em conjunto para acabar com as adoções irregulares”, confirma Luz.

SERVIÇO
“Adotar legalmente não é difícil e nem demorado para o poder judiciário”, defende o promotor da Infância Rafael Luz. Ele explica que entre a entrega dos documentos no fórum e a sentença de que o candidato é apto leva de dois a seis meses. O que mais demora é encontrar a criança no perfil desejado.
O Setor Psicossocial do Fórum realiza toda última sexta feira do mês, às 17h30, uma palestra de esclarecimento às famílias. A atenção é dada para quem está interessado em adotar, como para os pais que querem entregar os filhos. “Se a mãe não pode cuidar do filho, orientamos para que ela entregue ao processo de adoção sem culpa. Nós não penalizamos e nem julgamos essas famílias. Queremos dar um acompanhamento correto para as crianças”, ressalta o promotor.



O CORREIO DO POVO
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