Rede Feminina de Combate ao Câncer de Jaraguá do Sul comemora hoje 25 anos de atividades
Samira Mara Hahn
Publicado 04/07/2012 às 14:08:10
- Atualizado em 04/07/2012 às 15:19:09
- Sede da Rede Feminina de Combate ao Câncer fica na Rua Procópio Gomes de Oliveira, no Centro de Jaraguá (Fotos: Marcele Gouche)
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Uma mão amiga. É assim que a Rede Feminina de Combate ao Câncer de
Jaraguá do Sul se apresenta numa hora de dificuldade. Somente mulheres
que já passaram por esse problema entendem o quanto pesa a luta contra
essa doença, que tem como consequência a retirada de uma parte do corpo
cheio de simbolismo para o universo feminino: o seio.
Pacientes têm de enfrentar tratamentos intensivos, medicação em longo
prazo, e rotinas de exames exaustivas. Nessa hora, a Rede Feminina se
agiganta para ajudar. São 25 anos, completados hoje, nessa missão de
aconselhar e amparar as mulheres que enfrentam esse mal. Para comemorar a
data, nesta quarta-feira será realizado um encontro com mais de 400
voluntárias do Estado.
A entidade auxilia pacientes desde exames de prevenção até
encaminhamento médicos e ajuda às famílias carentes. No ano passado
foram realizados cinco mil exames preventivos. Todo esse trabalho de
auxílio ao próximo conta com cerca de 100 voluntárias que colaboram em
diversos projetos da entidade, e 11 funcionários, entre médicos e o
setor administrativo. Segundo a presidente da Rede Feminina, Rozanda
Balestrin, a entidade dá o suporte integral e atende 34 mulheres da
região por dia.
A paciente que virou voluntária
Uma das beneficiadas com o atendimento da Rede Feminina de Combate ao
Câncer de Jaraguá do Sul foi a dona de casa Lúcia Gracioli, 57, anos.
Depois de 12 anos que descobriu o câncer, hoje ela comemora, com alívio,
a recuperação da doença. Lúcia descobriu que tinha um tumor em 2000,
logo após a morte do pai, Ary Lamela.
Ela fazia exames regularmente e que nunca tinham acusado nenhuma
mudança. Somente depois dos problemas de saúde do pai, acabou descobriu o
nódulo. “Eu estava tomando banho, quando senti uma bola diferente no
seio direito, fui ao médico e fiz os exames. No mesmo mês já comecei o
tratamento”, lembra. Lúcia explica que o nódulo já era bastante grande, e
que o médico solicitou tratamento imediato.
A medicação foi longa e cansativa, na época ela tinha de ir para
Joinville fazer as sessões. “Foram três sessões de quimioterapia, a
cirurgia de retirada do seio, mais três sessões de quimioterapia e 45 de
radioterapia”, afirma.
Durante todo o tratamento, ela sentiu vários efeitos colaterais mas a
perda dos cabelosfoi o que mais lhe incomodou. Sua autoestima abalou e o
uso das perucas não a deixava confortável. Atualmente, a dona de casa é
voluntária da rede feminina. Com os cabelos ruivos crescidos e bem
cuidados, ela trabalha no bazar da entidade há dez anos. No local, vende
roupas usadas de baixo valor, e o dinheiro arrecadado é utilizado na
manutenção da entidade.
A dona de casa Lúcia ajuda na Rede Feminina há dez anos
A fé que curou Salete
Devota de Nossa Senhora Aparecida, a aposentada Salete Maria
Wrichinski, 54 anos, descobriu que tinha câncer há dois anos. Depois da
cirurgia para retirada dos nódulos e do tratamento ela se emociona em
lembrar que hoje está curada. Salete ainda toma remédios, e conta que
nunca imaginou que teria essa doença. Para ela, essa realidade era muito
distante.
Toda a história começou quando um exame preventivo acusou uma
alteração. O marido, o aposentado Jair Ramos, 63 anos, não quis
acreditar no primeiro diagnostico e levou a esposa para um médico, em
Joinville, que também percebeu as alterações. Em uma terceira tentativa,
em Florianópolis, Salete fez um último exame que confirmou os
diagnósticos anteriores, ela estava com câncer.
Como a doença estava no começo não precisou de quimioterapia. Porém,
teve de retirar o seio direito. Depois da cirurgia, no quarto de
recuperação ela soube que ficaria bem. Da luz da porta do quarto, ela
viu o reflexo de Nossa Senhora Aparecida entrando em seu quarto, e foi
aí, que ela realmente percebeu que estava sendo cuidada.
Hoje, ela conta que a força do marido e dos filhos foi muito
importante na recuperação, e que quer colocar uma prótese no peito
retirado, mas sente medo de que haja outras complicações.
- Salete conta que viu a imagem da Nossa Senhora Aparecida no quarto do hospital
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- O CORREIO DO POVO
- http://www.ocorreiodopovo.com.br/bem-estar/solidariedade-mulheres-unidas-para-a-superacao-8579314.html