quarta-feira, 21 de março de 2012

Assaltante é preso após fugir para ilha no Rio Itapocu

QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012

Durou aproximadamente uma hora a operação de captura de um assaltante, na tarde de hoje, em Jaraguá do Sul. O homem tentou assaltar uma pessoa na Procópio Gomes de Oliveira. Como não teve sorte, correu para debaixo da ponte Olavo Marquardt - no fim da Reinoldo Rau - e entrou no Rio Itapocu, se escondendo numa ilha existente nos fundos da antiga Famac. Uma pessoa que viu a tentativa de assalto acompanhou o assaltante e repassou informações para a PM, que cercou a ilha e deteve o homem, às 18h. Márcio Souza da Luz, foi detido na madrugada da última segunda-feira, por tentativa de furto em residência. Foi na Avenida Prefeito Waldemar Grubba, quando foi preso pela PM, mas liberado em seguida por não ter furtado nada, mas responde por invasão de domicílio. 

Acidente de trabalho - Homem morre atingido por árvore

Trabalhador foi atingido por um pedaço de eucalipto em Massaranduba

O Correio do Povo
Publicado 22/03/2012 às 01:11:23
 
O trabalhador Geraldo Simões de Lima, 47 anos, não resistiu aos ferimentos após ser atingido por um pedaço de eucalipto. O acidente ocorreu no bairro Guarani-Mirim, em Massaranduba, por volta das 8h de ontem.
Geraldo trabalhava para uma empreiteira. Adolfo José Adrovade conta que o colega era responsável por dirigir o trator. “O outro rapaz cortou duas árvores. No terceiro corte de eucalipto, ainda não sabemos o porquê, mas Geraldo saiu do trator, momento em que a tora atingiu a sua cabeça”, lembra.
O colega tentou encaminhá-lo para ao hospital, mas devido o estado grave, esperou a chegada dos Bombeiros de Massaranduba.Ele morreu logo após chegar ao hospital São José, em Jaraguá do Sul.
Natural do Planalto Norte, Geraldo estava há poucos meses na cidade.

Vento forte destelha casas e derruba árvores em Jaraguá do Sul e Corupá


21/03/2012 | 21h09min


Defesa Civil de Jaraguá foi acionada para a distribuição de lonas às famílias atingida


O vento forte, acompanhado de chuva, destelhou parcialmente três casas nesta quarta-feira por volta das 19h30 nos bairros Estrada Nova, Vila Machado e Barra do Rio Cerro, em Jaraguá do Sul. 

A Defesa Civil da cidade foi acionada para a distribuição de lonas às famílias atingidas. Árvores também foram lançadas pelo vento na BR-280, sentido Corupá, o que provocou a interdição em meia pista do trânsito no km 77. Os bombeiros de Jaraguá foram chamados para retirar as árvores e o trânsito foi liberado em seguida. 

Em Corupá, quatro casas foram parcialmente destelhadas na localidade de Poço d'Anta. Segundo os bombeiros da cidade nenhuma família teve de ser retirada de casa e nenhuma casa foi alagada.

A NOTÍCIA

TJ decide que marido e filha de prefeita de Jaraguá do Sul podem voltar a antigos cargos na prefeitura


21/03/2012 | 20h56min


Embora favorável ao retorno dos Konell, a decisão terá de ser analisada por uma Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça composta de três desembargadores


O Tribunal de Justiça, por meio da decisão do desembargador Rodolfo Tridapalli, concedeu liminar para que o ex-secretário de Administração da Prefeitura de Jaraguá do Sul, Ivo Konell (PSD), e a filha dele, Fedra Konell Alcântara da Silva, que era chefe de gabinete da prefeita Cecília Konell (PSD), sejam readmitidos aos cargos assim que forem notificados oficialmente dessa decisão, o que deve ocorrer durante essa semana. 

Embora favorável ao retorno dos Konell, a decisão terá de ser analisada por uma Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça composta de três desembargadores. Eles poderão manter ou rejeitar a liminar do desembargador. 

Tridapalli julgou como favorável o recurso da defesa da prefeita para o efeito suspensivo da liminar concedida pela juíza de Jaraguá do Sul, Candida Brugnoli. A magistrada interpretou as contratações como prática de nepotismo na administração municipal. Ivo e Fedra Konell tiveram de ser exonerados dos cargos no dia 7 de março. 

O desembargador usou o amparo da defesa da existência da súmula vinculante número 13, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele argumentou a decisão com base em outras intepretações judiciais amparadas na mesma súmula e que julgaram a não existência de nepotismo na contratação de cargos considerados de natureza política, como os exercidos por Ivo e Fedra Konell. 

A prefeita Cecília Konell ficou aliviada com a decisão do TJ. 

— Estou feliz. Tenho muitas pessoas de confiança, mas são eles (Ivo e Fedra) que me dão suporte.

Ex-secretário diz que não volta

Embora tenha conseguido esta decisão favorável para voltar a compor o cargo na Prefeitura de Jaraguá do Sul, o ex-secretário de Administração, Ivo Konell, disse que não pretende voltar à função que desempenhou desde 2009 no atual mandato da mulher. Konell comentou que já tinha plano de sair da administração no começo de abril, que é o prazo final para que as pessoas interessadas em disputar as eleições sejam exoneradas de funções pública. 

— Eu não devo voltar. Houve muito desgaste. A Fedra deve voltar. Neste momento, estou analisando e penso em não retornar — antecipou. 

Ivo Konell ficou satisfeito com a decisão. 

— Essa decisão só tem um caráter, que é a nossa legalidade na Prefeitura, assegurada pela súmula 13. Nós não iríamos ocupar esses cargos se não houvesse essa garantia da súmula. Eu sou um legalista — ressaltou. 

A prefeita Cecília disse que pretende ter o marido de volta à secretária de Administração. 

— Quando fui candidata sempre disse que se fosse prefeita, o Ivo seria meu secretário de Administração. Por parte dele, acredito que não vai acontecer, mas vamos conversar.

A NOTÍCIA

Temporal causa prejuízos aos moradores de Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí


21/03/2012 | 19h09min - Atualizada às 20h31min

Metade da cidade está sem energia elétrica

Um forte temporal causou prejuízos aos moradores de Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, no final da tarde desta quarta-feira. Ruas da região central da cidade ficaram alagadas e seis casas do Bairro Boa Vista foram destelhadas com a força do vento. A Defesa Civil auxiliou as famílias com a doação de lonas. 

Faltou energia elétrica em 80% das 21 mil unidades consumidoras da cidade. Segundo o gerente da Celesc, regional de Rio do Sul, Manoel Arisoli Pereira, por volta das 20h30min apenas 4 mil ainda permaneciam sem luz.

A previsão é de que o fornecimento volte ao normal até meia-noite. Porém, alguns casos mais graves, como postes quebrados, devem ser solucionados somente nesta quinta-feira.

JORNAL DE SANTA CATARINA

Antenas: Anatel deve esclarecer sobre localização


Juíza da Vara da Fazenda da Comarca de Jaraguá do Sul, Candida Inês Zoellner Brugnoli, designou audiência, realizada na segunda-feira, dia 19

Daiana Constantino
Publicado 21/03/2012 às 12:35:50 - Atualizado em 21/03/2012 às 12:39:48


Candida Inês Zoellner Brugnoli, juíza. (Foto: Arquivo OCP)
A juíza da Vara da Fazenda da Comarca de Jaraguá do Sul, Candida Inês Zoellner Brugnoli, designou audiência, realizada na segunda-feira, dia 19, para recolher mais elementos para apreciação do pedido liminar das requerentes CPR Comunicação Ltda. ME DJ Comunicações, Exploração de Serviços de Radiodifusão Ltda.
A audiência objetivou única e exclusivamente para instrução processual em que três testemunhas arroladas pelas autoras requerentes da Ação Cautelar foram ouvidas: Luiz Melro, gerente regional da Celesc, Mário Reinke, prefeito de Massaranduba e o técnico agrimensor Antônio Carlos da Silva.  
No dia 19, a juíza concedeu prazo de 15 dias para o município de Jaraguá do Sul contestar o pedido. Também, no mesmo prazo, a Anatel deve esclarecer qual é o município abrangido pelas coordenadas geográficas: Latitude: 26º 30’ 58” 00” S e Longitude: 49º 03’ 15” 00” W.
Foi dado encaminhamento a esse processo judicial depois que a prefeita Cecília Konell, na última sexta-feira, dia 16, determinou ao gerente regional da agencia da Celesc de Jaraguá que procedesse "o imediato desligamento da energia elétrica das emissoras de rádio DJ Comunicações e Exploração de Serviços de Radiofusão Ltda. (FM 105 de Guaramirim) e CPR Comunicação Ltda.- ME (FM de Massaranduba)".

SAP reforça atuação em Santa Catarina


Novo escritório vai atender as cidades de Joinville, Blumenau e Jaraguá do Sul. Companhia também oferecerá capacitação de consultores.

DA REDAÇÃO
21 de março de 2012 - 18h30

A SAP quer ampliar a presença na Região Sul e, para isso, inaugura um escritório em Santa Catarina, que deverá atender as cidades de Joinville, Blumenau e Jaraguá do Sul. A companhia também vai realizar cursos de formação de consultores, com o objetivo de atender a demanda por profissionais qualificados.

A companhia prevê a formação de 250 consultores ainda no primeiro semestre deste ano. “Essa é uma região muito rica que ainda sofre com a falta de pessoas com conhecimento técnico e de mercado. A SAP fará da região um polo de formação de mão de obra, que suprirá as demandas dos parceiros e clientes locais”, afirma Humberto Vieites, diretor de Canais e Ecossistema da SAP Brasil.

De acordo com ele, o projeto terá como meta aumentar o número de profissionais nas diversas linhas de negócios da SAP, com foco em soluções como analytics, banco de dados e tecnologia, mobilidade e cloud computing. A SAP oferecerá para os parceiros locais, como Sonda IT, Pelissari, FH, CPM Braxis e T-Systems, um subsídio de 70% no valor dos cursos oferecidos.

A SAP também firmou acordo com a Universidade Católica de Santa Catarina, que tem unidades em Blumenau e Jaraguá do Sul, para inclusão de conteúdo na grade acadêmica dos estudantes da instituição. O objetivo é incentivar a formação de profissionais qualificados e preparados para atuar no mercado.


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SAP amplia presença em Santa Catarina

21 de março de 2012 


Empresa inaugura estrutura abrangendo as cidades de Joinville, Blumenau e Jaraguá do Sul e prevê a formação de 250 consultores ainda no primeiro semestre deste ano.

A SAP Brasil anuncia a ampliação de sua presença em Santa Catarina, com a implementação de uma estrutura local para atender as cidades de Joinville, Blumenau e Jaraguá do Sul, na região Norte do Estado.
Com importantes clientes locais, como WEG, Duas Rodas, Hering e Marisol, a SAP formalizou os planos durante evento realizado hoje, 21 de março, com a participação do presidente da SAP Brasil, Luís César Verdi, e do vice-presidente de Vendas da empresa, Renato Morsch, além de parceiros.
A empresa afirma que por se tratar de uma região com muitas empresas e indústrias, “a SAP também apresentou uma grade de cursos de formação de consultores, com o objetivo de atender a alta demanda por profissionais qualificados”. “Essa é uma região muito rica que ainda sofre com a falta de pessoas com profundo conhecimento técnico e de mercado. Por isso, a SAP fará da região um pólo de formação de mão-de-obra, que suprirá as demandas dos parceiros e clientes locais. O objetivo é formar 250 consultores nas diversas soluções SAP até o final do primeiro semestre deste ano”, afirma Humberto Vieites, diretor de Canais e Ecossistema da SAP Brasil, em comunicado
Segundo o executivo, o projeto terá como meta aumentar o número de profissionais nas diversas linhas de negócios da SAP, com foco em soluções além do ERP, como Soluções Analíticas, Banco de Dados e Tecnologia, Mobilidade e Cloud Computing. “As nossas soluções de gestão já estão consolidadas no mercado, por isso precisamos de mão-de-obra especializada nas nossas novas áreas de atuação, com foco em inovação”, acrescenta. Para isso, a SAP oferecerá para os parceiros locais, como Sonda IT, Pelissari, FH, CPM Braxis, T-Systems, entre outras, um subsídio de 70% no valor dos cursos oferecidos. A empresa também tem planos de realizar duas academias Esperansap para formação de profissionais locais.
Além dos treinamentos de curto prazo, oferecidos diretamente pela área de Educação da companhia, durante o evento foi firmado um acordo acadêmico com a Universidade Católica de Santa Catarina, presente em Blumenau e Jaraguá do Sul, para inclusão de conteúdo na grade acadêmica dos estudantes da instituição. O objetivo é incentivar a formação de profissionais qualificados e preparados para atuar no mercado de trabalho.
O projeto é o segundo do gênero promovido pela SAP no Brasil, sendo que o primeiro, iniciado em 2011 no Rio de Janeiro, já formou 235 profissionais em 35 cursos oferecidos por universidades parceiras.


Embraer tem prejuízo de R$171,6 milhões no 4º trimestre

20/03/2012 - 21h02
DA REUTERS, NO RIO  

A Embraer, terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, registrou prejuízo líquido de R$ 171,6 milhões no quarto trimestre de 2011, ante lucro de R$ 208 milhões no mesmo período do ano anterior, informou a companhia nesta terça-feira.
O resultado ficou abaixo da projeção média de analistas para a Embraer, que era de lucro líquido de US$ 143 milhões no quarto trimestre, e que seria maior do que o verificado no mesmo período no ano anterior, se não houvesse o lançamento das provisões.
Segundo a companhia, por conta do pedido de concordata da AMR, controladora da companhia aérea American Airlines, e das exposições relativas a garantias financeiras e de valor residual, foram registradas provisões no quarto trimestre que totalizaram R$ 662,6 milhões.
"Se excluídos todos os eventos extraordinários mencionados anteriormente, que tiveram um efeito líquido de aproximadamente R$ 556 milhões", o lucro líquido no trimestre teria sido de R$ 523,3 milhões, informou a empresa.
No ano, o lucro líquido foi de R$ 156,3 milhões, ante R$ 573,6 milhões em 2010.
A receita líquida da companhia somou R$ 3,67 bilhões entre outubro de dezembro de 2011, uma alta de 9,8% ante o mesmo período do ano anterior. No fechado de 2011, a receita ficou em R$ 9,86 bilhões, alta sobre os R$ 9,38 bilhões apurados no ano anterior.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 101,3 milhões no período, ante R$ 334,6 milhões registrados um ano antes. Em 2011, ficou em R$ 923 milhões, queda sobre 2010, quando registrou R$ 1,07 bilhão.
No quatro trimestre, a Embraer entregou 32 jatos comerciais e 50 jatos executivos. Segundo a empresa baseada em São José dos Campos (SP), considerando o total de entregas e os novos pedidos firmes, a carteira de encomendas encerrou o ano em US$ 15,4 bilhões, um pouco abaixo dos US$ 15,6 bilhões do ano anterior.
Depois da desvalorização do real em setembro, a Embraer contratou algumas operações de hedge financeiro para reduzir a exposição de seu fluxo de caixa em 2012, uma vez que os custos denominados em reais são maioreis do que as receitas.
Para este ano, cerca de 45% da exposição ao real está protegida, e segundo a empresa, caso o dólar se deprecie abaixo de R$ 1,75, as operações de hedge compensarão os efeitos da apreciação do câmbio.

CONCORDADTA DA AMR 

A American Airlines e sua controladora AMR pediram concordata em 29 de novembro para cortar custos e tentar lidar com o aumento dos preços dos combustíveis e uma demanda aérea deprimida nos Estados Unidos.
Por conta disso, informou a companhia, e da provável modificação do perfil de sua frota, a Embraer provisionou um total de R$ 583,2 milhões no quatro trimestre para fazer frente a possíveis despesas relacionadas às garantias financeiras e de valor residual emitidas quando do financiamento ds 216 aeronaves que são atualmente operadas pela American Eagle, subsidiária da AMR.
"A decisão final da AMR de como gerenciará a operação destas aeronaves ainda está em curso, porém, esta provisão representa a melhor estimativa baseada no cenário atual", informou a Embraer em seu release de resultados.
A companhia informou que espera que o valor da provisão seja suficiente para cobrir todas as despesas esperadas com estas obrigações. "O desembolso de caixa relacionado a estas garantias está previsto ocorrer ao longo dos próximos anos", disse.
A Embraer disse, ainda,"que dado o potencial impacto no mercado secundário de jatos regionais que podem ocorrer devido ao aumento de disponibilidade de aeronaves provenientes do processo de reestruturação da AMR, a empresa revisou suas provisões referentes a outras garantias financeiras e de valor residual (RVG) e o valor líquido de tais provisões foi de R$ 79,4 milhões". 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1064808-embraer-tem-prejuizo-de-r1716-milhoes-no-4-trimestre.shtml

Marisol afunda uma marca atrás da outra

16/03/2012 05:55

Fábrica da Marisol
Fábrica da Marisol: a empresa vai tentar uma nova estratégia para crescer

A Marisol comprou a Pakalolo, a Rosa Chá e outras três marcas na última década. E não ganhou dinheiro com nenhuma delas. Agora, prepara uma reestruturação

Marianna Aragão, de

São Paulo - A transformação da Hering na última década é um dos maiores casos de sucesso do varejo brasileiro. De empresa têxtil que vendia camisetas brancas a preços baixíssimos — e, frequentemente, dava prejuízo —, a empresa se transformou numa rentável referência para o mercado de moda.
Passou a lançar seis coleções diferentes de roupas por ano, como fazem as redes internacionais Gap e Zara, dobrou o número de lojas, contratou executivos da concorrência para incrementar sua área de marketing e fez uma série de anúncios com celebridades.
Desde 2006, quando as mudanças começaram, seu faturamento cresceu 300%, a margem de lucro aumentou 11 vezes e as ações valorizaram mais de 3 000%. Obviamente, a tentação de seguir o modelo Hering é grande. Executar a estratégia com sucesso é outra questão.
A Marisol é um exemplo disso. Nos últimos seis anos, a empresa têxtil fundada em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, comprou — e praticamente afundou — marcas que já foram relevantes no mercado brasileiro, como a Rosa Chá e a Pakalolo. Nesse período, a Marisol cresceu menos da metade que a concorrência e, agora, está passando por uma reestruturação. 
O que deu errado? Até três anos atrás, a Marisol dependia de suas marcas voltadas para o público infantil, como a Lilica Ripilica. De olho em mercados mais rentáveis, iniciou um processo agressivo de diversificação.
De lá para cá, comprou cinco marcas com perfis diferentes: a Rosa Chá e a Sais, duas confecções de moda praia voltadas para consumidores de alta renda; a Pakalolo, fabricante de roupas para adolescentes; a Stereo, que vende para jovens; e a Babysol, de roupas e acessórios para bebês.
Parecia fazer sentido. Como a Hering, a Marisol optava por entrar em segmentos que prometiam maior rentabilidade. Mas, ao errar na administração de cada marca comprada, a empresa acabou pior do que estava antes das aquisições. Procurados, os executivos da Marisol afirmaram que não dariam entrevista por estarem em período de silêncio.

Campanha 2012 da Rosa Chá

Rosa Chá pós aquisição: saída do estilista/fundador Amir Slama, troca de quase todos os fornecedores e apenas uma unidade em funcionamento (das 24 existentes na época da compra)


Depois das aquisições, a Marisol tomou uma série de decisões que se mostraram erradas. Para tentar reduzir custos, a fábrica da Rosa Chá foi transferida de São Paulo para Jaraguá do Sul. A troca de fornecedores (quase 20) e de funcionários reduziu o volume de produção, de 22 000 para 8 000 peças por mês, em média.
“Os seguidos atrasos na entrega e a qualidade das peças passaram a desagradar os franqueados, que foram deixando o negócio”, diz Amir Slama, fundador da Rosa Chá, que vendeu os 25% que mantinha na sociedade para a Marisol em 2009 e, meses depois, saiu definitivamente da empresa.
Hoje, a Rosa Chá tem apenas uma loja em operação — na época da compra, eram 24. Os desfiles no São Paulo Fashion Week, principal evento de moda do país, também foram abandonados. Em 2011, a Marisol desistiu da marca: segundo EXAME­ apurou, a empresa contratou o banco BTG Pactual para vender a Rosa Chá (o BTG não comenta). 
Na Pakalolo, o problema foi a opção pelo sistema de franquias. Como a marca estava abandonada desde os anos 90, quando quase faliu, poucos empresários se interessaram em abrir lojas da rede. A Marisol pretendia inaugurar 100 lojas em cinco anos, mas só conseguiu abrir três — e uma delas, no shopping Morumbi, em São Paulo, fechou as portas em janeiro.
Projeto semelhante foi traçado para a Stereo, marca que, em tese, poderia concorrer com Ellus e Calvin Klein. O projeto inicial previa pesados investimentos em marketing, a abertura de lojas próprias e a participação em eventos como o São Paulo Fashion Week. Mas a empresa desistiu dos planos no meio do caminho: decidiu só vender as roupas da Stereo em lojas multimarcas, e a grife não decolou.

A atriz Sthefany Brito na campanha 2012 da Pakalolo
Adquirida em 2005, a marca de roupas Pakalolo, um hit entre os adolescentes nos anos 80 e 90, não decolou. Apenas três franqueados se interessassem em abrir lojas ­— pelo projeto original, seriam 100 até 2014


A Marisol acabou vendendo sua fatia de volta aos antigos donos. Pessoas próximas dizem que os ex-sócios se desentenderam várias vezes porque a Marisol não cumpriu o plano de investir para promover a Stereo.

Mudanças à vista

Diante desses resultados, a GFV Participações, empresa de participações dos controladores, a família Donini, lançou em dezembro uma oferta pública para adquirir todas as ações da Marisol na Bovespa. Os investidores minoritários, após resistência inicial — afinal, os papéis desvalorizaram quase 40% em cinco anos, enquanto o Ibovespa subiu 50% —, decidiram aceitar o valor proposto pela companhia, 3,05 reais por ação.
O pedido está em análise na Comissão de Valores Mobiliários. Há dois meses, a Marisol contratou a consultoria Bain&Company (a mesma que ajudou a criar as novas lojas da Hering) para elaborar um novo planejamento estratégico, que inclui a revisão do portfólio de marcas e da estrutura de vendas.
A ideia é buscar, mais uma vez, novas formas para crescer. O trabalho deve ser apresentado aos acionistas no final deste semestre. Nesse meio tempo, os donos da Marisol pretendem concluir o fechamento de capital da companhia.
“A aposta dos Donini é que a empresa ganhará valor nos próximos anos e, quando isso ocorrer, querem ter todas as ações em mãos”, diz um executivo próximo à família. O passo seguinte seria vender a Marisol ou voltar à bolsa. Nessa nova fase, a companhia começa com uma vantagem: saber o que não fazer.

EXAME.com
Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1012/noticias/comprar-para-que?page=1&slug_name=comprar-para-que

Igreja Católica da Holanda castrou jovens vítimas de abusos de padres na década de 1950


20/03/2012 - 18h01

Pelo menos dez rapazes foram submetidos ao procedimento. Membros do parlamento holandês irão defender inquérito sobre o caso

Resultados de uma investigação sobre casos de castração de adolescentes pela Igreja Católica publicados pelo jornal NRC causaram comoção na Holanda. Os documentos mostraram que, na década de 1950, pelo menos dez jovens vítimas de abuso sexual teriam sido submetidos à retirada de seus testículos como forma de "extirpar-lhes" a homossexualidade e puni-los por suas denúncias de abusos sexuais.
Membros do parlamento holandês disseram no sábado (17/03) que vão defender a abertura de um inquérito sobre as alegações. A apuração foi conduzida por Joep Dohmen, jornalista estudioso do caso de Henk Heithuis, holandês castrado por padres em 1956 depois de revelar à polícia os abusos que sofrera ao lado de membros do clero.
Dois padres seriam condenados por esse abuso, mas pouco tempo depois a polícia enviaria Heithuis para um hospital psiquiátrico católico, onde registros alegam que a castração foi conduzida atendendo seu próprio desejo. Não há, contudo, nenhum documento no qual o paciente de 20 anos de idade expressa essa vontade.
Segundo Dohmen, algumas de suas fontes contam que “a remoção cirúrgica dos testículos era considerada um tratamento para a homossexualidade e, também, uma punição para aqueles que acusassem membros do clero de abuso sexual”.
Embora ainda existam vários casos, Dohmen explica que a maioria deles "é anônima e não pode ser mais investigada”. Tudo depende do desejo “desses rapazes, hoje homens mais velhos, em querer compartilhar suas histórias”.
Uma investigação oficial conduzida pelo ex-ministro da Educação holandês Wim Deetman recebeu no último mês de dezembro cerca de 1,8 mil relatos de abusos cometidos por dioceses católicas desde 1945.
Surgiram evidências na última segunda-feira (19/03) de que, na época, oficiais do governo estavam cientes da castração de jovens em instituições psiquiátricas mantidas pela Igreja Católica.
Relatórios de reuniões da década de 1950 revelam que inspetores do Estado holandês estavam presentes durante os debates sobre a castração e que membros do clero defendiam que os pais das vítimas não fossem envolvidos no processo.
Há também alegações de que Vic Marijnen, ex-primeiro ministro holandês morto em 1975, esteve vinculado ao caso. Em 1956, ele foi o diretor do Internato de Gelderland, onde Heithuis e outras crianças sofreram abusos.