domingo, 22 de julho de 2012

A maioria não nasceu aqui




Levantamento feito pelo IBGE aponta que Jaraguá do Sul com 25,42% seguido de Guaramirim com 24,58% são os municípios da região com a maior quantidade de moradores nascidos em outros estados do Brasil. Se considerar moradores nascidos em outras cidades do estado em Jaraguá do Sul temos 51,23% da população, 53,54% para Guaramirim e Schroeder com 53,94%. Ou seja, podemos afirmar que metade da população que vive no vale do Itapocu não nasceu aqui, mas sim escolheu essa região para viver.

Crítica Independente

Detento que atirou em policial militar de Jaraguá do Sul é recapturado


Sandro Zocchetto, 23 anos, foi reconhecido ao procurar atendimento no Hospital São José, de Joinville. Ele estava foragido desde junho

Detento que atirou em policial militar de Jaraguá do Sul é recapturado Setor de Inteligência/Divulgação/14º BPM
Viatura onde estavam policiais e bandido ficou com as marcas dos tirosFoto: Setor de Inteligência / Divulgação/14º BPM

O detento que atirou contra um policial militar de Jaraguá do Sul em fevereiro deste ano e que fugiu do Presídio Regional de Joinville em junho foi recapturado na noite desta sexta-feira, quando buscava atendimento no Hospital São José de Joinville. 

Sandro José Ferreira Zocchetto, de 23 anos, usou um nome falso para não ser reconhecido, mas foi identificado e preso pela Polícia Militar de Joinville. No dia 24 de junho, Zocchetto conseguiu escapar do presídio pulando o muro sem ser notado pelos agentes.

Ele havia sido preso depois de uma tentativa de homicídio contra o PM Júlio César Carvalho, 32 anos. Naquele dia, Zocchetto foi detido por furto e, mesmo algemado, conseguiu sacar o revólver calibre 22 que escondia na calça e balear o policial. A vítima foi atingida com dois tiros na cabeça, mas o ferimentos foram superficiais porque atingiram primeiro o encosto do banco.

A Notícia

Sete meses sem a Seara. Ainda está difícil de aceitar

Sindicato dos Trabalhadores entrou na justiça para cobrar indenizações para os funcionários demitidos pelo frigorífico
Publicado 21/07/2012 às 06:08:00 - Atualizado em 21/07/2012 às 13:01:37

O fechamento da unidade da Seara/Marfrig de Jaraguá do Sul em dezembro do ano passado ainda não foi bem digerido pelos trabalhadores que estavam empregados na filial localizada no bairro Rio da Luz. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Jaraguá do Sul e Região entrou com uma ação na Vara do Trabalho cobrando uma indenização para os funcionários. “O que não aceitamos foi a forma que aconteceram as demissões”, reclama o presidente da entidade de classe Valcir Braga. “Queremos que seja pago a todos os trabalhadores um aviso prévio de três meses de salário”, completa Braga.
Da unidade foram demitidos, em janeiro desse ano, em torno de 920 trabalhadores. Segundo levantamento do sindicato desse total, 694 rescisões de contratos aconteceram na sede do sindicato. “Somente os que tinham mais de um ano de trabalho na empresa precisou fazer a rescisão na entidade”, afirma. Braga afirma que a empresa quitou todos os débitos contratuais. Porém, a motivação da ação na Vara do Trabalho é motivada pelo descaso da empresa com os funcionários. “A empresa não comprovou que estava em crise que justificasse o fechamento da planta”, reforça Braga.
Conforme o sindicalista, atualmente a empresa continua funcionando no bairro com aproximadamente 150 funcionários registrados no município. Em torno de 75 atuam como mecânicos, eletricistas e caldeiristas. Os demais estão afastados por doenças profissionais.
Quanto às demissões, Braga avalia que o mercado de trabalho aquecido na região diminuiu o impacto do desemprego. Segundo ele, a maioria dos empregados da Seara/Marfrig vinha de outros municípios. Em torno de 340 funcionários residiam em Jaraguá do Sul. “Muitos já estão empregados, inclusive em empresas do ramo alimentício”, ressalta.
Rinaldo Muller abandonou a avicultura depois do fechamento da Seara. O espaço onde estavam as aves foi colocado à venda (Fotos Marcele Gouche)
Agricultores buscam novas fontes de renda para sobreviver

Desde o anúncio do encerramento das atividades do abatedouro de aves da Seara/Marfrig, no bairro Rio da Luz, em dezembro do ano passado, a maior parte dos avicultores se viu, de uma hora para outra, sem alternativa de renda. Muitos ficaram sem saber como pagariam as dívidas provenientes de investimentos solicitados pela empresa. Aproximadamente 231 produtores de aves atendiam o frigorífico, que abatia em torno de nove mil aves/horas.
O ex-avicultor Rinaldo Muller, 47 anos, conta que depois do fechamento do abatedouro, ele teve de investir na criação de gado. Para ajudar no orçamento da casa, a esposa Cristina, 42 anos, começou a trabalhar em uma empresa de facção. “Antes todos trabalhávamos com a produção de aves. Agora temos de buscar novas alternativas de renda”, explica.
Muller conta que desde 1977 a família produzia frangos para o abatedouro, situado a poucos metros da casa onde mora. No início, eram produzidos em torno de 12 mil frangos por lote entregue em até 60 dias. Em 1995, a família aumentou a capacidade do aviário para 15 mil.
Hoje, depois de aproximadamente sete meses, o aviário está vazio e serve de depósito para os utensílios agrícolas. Muller disse que tentou alugar o espaço para uma empresa, mas precisaria fazer um investimento que não compensava financeiramente. Agora colocou a estrutura a venda. Entretanto, o modelo do aviário é antigo e dificulta futuras negociações. “Não será fácil vender isso tudo”, opina.
O ex-avicultor diz que a criação do gado de corte traz um retorno mais demorado em comparação à criação de aves. “A cada dois meses era entregue um lote e o dinheiro aparecia, mas o gado demora mais de ano”, exemplifica.
Situação diferente é a da família de Alcir Rahn, que trabalha com a criação de aves há 40 anos. Ele conta que os pais começaram criando 300 aves. “Hoje tenho um contrato de quatro anos para fazer a entrega de 42 mil aves a cada dois meses”, relata. Os frangos são enviados para a unidade da empresa Seara em Lapa (PR).
Rahn disse que no início do ano passou uma situação complicada. No primeiro momento não sabia se o contrato seria interrompido ou continuaria. Depois de definida a situação, os lotes de frangos não seguiram o cronograma de entrega. O prazo padrão é de 17 dias, mas na época chegou a demorar 37. Agora a situação está regularizada.
O contrato com a Seara/Marfig é a garantia de que conseguirá fazer o pagamento dos R$ 150 mil que faltam ser pagos ao banco devido aos investimentos que fez na ampliação do aviário. Mesmo assim, Rahn resolveu apostar em novas fontes de renda para não ficar totalmente dependente da criação de aves. Desde o início do ano, ele é um dos avicultores que aderiu aos programas de incentivo da secretaria municipal da agricultura.
Agora, além de frangos, ele trabalha com a criação de peixes e na produção de amoras pretas. Os peixes, ele pretende vender ainda este ano. Já as amoras, ele deve comercializar através da Cooperativa Agropecuária de Jaraguá do Sul (Copajas).
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Edgar Hornburg, os produtores precisam encontrar outras formas de renda. “Eu já perdi as esperanças”, desabafou, referindo-se a situação de descaso da empresa. Segundo ele, não há perspectivas de mudança. “Participei de várias reuniões e não vejo muito avanço”, lamenta.

Retomada depois do susto

O ex-funcionário Luís Antonio de Souza trabalhou durante 14 anos no abatedouro. Foram três anos em uma empresa terceirizada e mais 11 na Seara. Neste período, ele disse que passou por diversos setores dentro do frigorífico. “Nos últimos tempos, trabalhava pendurando frango”, relata.
Sobre a empresa, Souza disse que durante muito tempo circulava o boato de que a empresa iria parar a produção. “No final ninguém mais acreditava. Quando confirmaram, fiquei surpreso”, relata.  Desde a rescisão do contrato de trabalho, em janeiro, Souza ficou desempregado. Nos últimos meses a situação estava ficando difícil. “Tinha de pagar o aluguel, mas tinha acabado o dinheiro e o seguro desemprego”, disse. Agora ele está trabalhando em uma empresa da área têxtil.
No novo trabalho ele relatou que encontrou muitos colegas da antiga empresa. “A maioria já deve estar com algum emprego”, acredita.

O comércio sentiu a queda nas vendas

O maior impacto na região do Rio da Luz, depois do fechamento da Seara, foi sentido pelos comerciantes. As vendas despencaram e o bairro deixou de ser atrativo pela oferta de emprego. A proprietária de uma loja de confecção Kelli Gatts conta que o estabelecimento só existe por causa do abatedouro. “Na época, minha família viu a região como um grande potencial econômico”, explica. A loja existe há mais de 25 anos.
Conforme Kelli, as vendas reduziram em 50% depois que os trabalhadores foram demitidos. “Foi uma queda muito brusca nas vendas e causou um impacto na estrutura da loja”, relata. Por causa disso, a proprietária foi obrigada a demitir uma das duas funcionárias que tinha.
Quanto ao futuro, a empresária disse que vai buscar outros clientes. “É como se estivesse começando tudo de novo”, explica. Ela ainda torce para que a empresa seja reaberta e que volte a ter o mesmo volume de funcionários.
Outro comerciante que sofreu com a redução de clientes foi Pedro Ribeiro Lopes. Ele tem uma lanchonete. Trabalhando há três anos no local, ele afirma que o movimento caiu pela metade desde o início do ano. “Dá para manter o comércio aberto, mas o lucro diminuiu bastante”, relata.
Durante o período em que o frigorífico funcionava no local, ele atendia os funcionários da empresa, os terceirizados e os motoristas que traziam ou buscavam os produtos do abatedouro. “Chegava a fazer 25 lanches por vez para os trabalhadores”, conta. Agora a maioria da clientela é composta pelos moradores próximos.

Empresa diz que esclareceu todas as dúvidas

Na época do fechamento da unidade de Jaraguá do Sul, a Seara informou que a decisão teria sido tomada devido ao distanciamento gradativo dos centros produtores de grãos, que encareceu a logística e gerou acúmulo volumoso de créditos de ICMS. Também foi argumentada a escassez de mão-de-obra local vivenciada nos últimos anos.
Na nota, a empresa disse que já não havia como a unidade expandir-se, o que fez a Seara adotar recentemente ações como redução dos turnos e mudança no perfil das linhas, de aves pesadas (cortes) para leves (grillers). A companhia informou que todas as demissões seriam pagas de acordo com as leis. Quanto aos produtores de aves fornecedores do complexo de Jaraguá do Sul, aproximadamente 80 permaneceriam no sistema e suprirão a demanda do complexo da Lapa (PR).
Ao ser procurada pela equipe de reportagem, a empresa emitiu nota dizendo que “na época da desativação da unidade, a empresa prestou amplo esclarecimento e respondeu a todas as perguntas dos veículos de comunicação e das entidades legais e sociais da comunidade. Nada mudou no posicionamento da Seara daquela época para cá”.
Segundo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação, a unidade da Seara no Rio da Luz continua em funcionamento, com aproximadamente 150 funcionários
Estudo para alternativas

O secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura de Jaraguá do Sul André Cleber de Melo relata que a administração analisa alternativas para os avicultores desde o momento em que a empresa anunciou o fim da operacionalização no município. Segundo ele, existiam 30 agricultores que produziam frangos em Jaraguá do Sul. 20 tiveram o contrato rompido pela Seara/Marfrig. Os demais continuam criando frango para a multinacional.
Melo afirma que a secretaria colocou a estrutura para viabilizar outras formas de renda. “Foi dado um atendimento especializado para cada caso respeitando a decisão de cada um”, disse. Alguns dos produtores optaram pela criação de peixes, outros pelo plantio de frutas e teve os que migraram para a criação de marrecos”, disse.  A secretaria atendeu em torno de 70% dos avicultores.
O secretário concorda que o incentivo dado pela administração não é tão lucrativo quanto a criação de frangos. 
Quanto ao futuro, Melo explica está sendo feita uma parceria com a Cooperativa Agropecuária de Jaraguá do Sul (Copajas) para garantir  que a aquisição da merenda escolar seja diretamente da entidade. “Queremos envolver todos os avicultores neste projeto”, comenta.

Comissão tentou ajudar

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) também foi movimentada pela situação do fechamento da Seara em Jaraguá do Sul. No dia 4 de abril, a Comissão de Agricultura e Política Rural realizou uma audiência pública para tratar da crise enfrentada pelos avicultores do Vale do Itapocu e do Vale do Itajaí. A audiência foi proposta pelo deputado Dirceu Dresch, (PT) que é um dos representantes da Agricultura Familiar no Estado.
O funcionário da Alesc que trabalha na Comissão de Agricultura e Política Rural, João Borges, disse que a audiência pública propôs a criação de um grupo de trabalho que iria se reunir e informar a comissão sobre os avanços. “Até agora não fomos procurados para incluir na pauta o assunto da Seara/Marfrig”, relata.
No dia 12 do mesmo mês, o grupo de trabalho se reuniu no gabinete do deputado José Milton (PP) e entregou um documento solicitando o envolvimento do governo do Estado em negociação que viabilizasse a reabertura da unidade com administração de outra empresa. A reivindicação foi realizada junto ao secretário de Agricultura, João Rodrigues, mas não há uma decisão sobre o pedido. 
O CORREIO DO POVO

Motociclista morre após colidir contra caminhão em Jaraguá do Sul


Piloto foi levado de helicóptero ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos

O condutor de uma motocicleta morreu após a colisão contra um caminhão de pequeno porte na rua Gerard Müller, bairro Rio da Luz, em Jaraguá do Sul, por volta das 10h45 deste sábado. 

Segundo os bombeiros voluntários, Valter Machado de Lima, 31 anos, sofreu uma parada cardíaca no local e foi reanimado pelos socorristas. Em seguida, ele foi levado pelo helicóptero Águia da Polícia Militar ao Hospital São José de Jaraguá do Sul, mas não resistiu aos ferimentos e morreu assim que chegou no local. 

Até o momento, a PM não tinha informações sobre o que teria causado o acidente. O condutor do caminhão não se feriu.

A Notícia

Três pessoas são atropeladas durante desfile do Dia do Motorista em Schroeder, Norte de SC

Motociclista e caminhão atingiram as vítimas que acompanhavam as comemorações

O que era para ser um desfile pacífico do Dia do Motorista, em Schroeder, no Norte do Estado, acabou em dois acidentes na manhã deste domingo. 

Segundo os bombeiros de Jaraguá do Sul, que atenderam as ocorrências, o primeiro acidente ocorreu por volta das 10 horas quando um motociclista que faziam manobras durante o desfile na rua Marechal Castelo Branco, no Centro de Schroeder, perdeu o controle da moto e atingiu duas pessoas que estavam acompanhando a passagem dos carros no acostamento. 

Enquanto as duas vítimas estavam sendo atendidas pelos bombeiros, um caminhão que também participava do desfile, atingiu um ciclista. As três pessoas tiveram ferimentos leves e foram encaminhadas ao pronto socorro do Hospital São José, em Jaraguá.

A Notícia