sábado, 30 de junho de 2012

Indústrias têxteis e lojas do Vale do Itajaí descobrem nicho de mercado com a moda tamanho grande

Coleções de vestuário modernas dão mais opções às mulheres gordinhas

Quando se pensa no mercado fashion, a primeira imagem que vem à cabeça são as semanas de moda espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, com mulheres lindas, altas e magras. Mas para o mercado, restringir-se somente a esta pequena parcela da população seria subestimar um comércio que se diversifica a cada dia.

Para indústrias, lojas e especialistas do Vale do Itajaí, a moda feminina plus size _ produzida e pensada para clientes que vestem números a partir do 46 — passa por um bom momento. Não só porque passou a atender a uma demanda reprimida por muito tempo, mas também porque o perfil do brasileiro está mudando — segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população engordou nos últimos anos. A parcela de mulheres acima do peso passou de 28,7% para 48% da população nos últimos 10 anos.

— As empresas passaram a enxergar um público que não era visto antes, não era explorado. Há cinco, seis anos, não existia uma moda plus size. As roupas eram sempre retas, com cores neutras e quase sempre escuras, feitas para esconder o corpo de quem estava acima do peso — lembra a professora de Design de Moda da Univali e Uniasselvi, Luciane Ropelatto.

Para a professora, quem investiu há alguns anos, agora deve se consolidar. Mas Luciane lembra que ainda há muito espaço para expansão. Para Kika Morcelli, de Blumenau, ex-cliente de lojas especializadas (ela emagreceu 24 quilos nos últimos oito meses), a mudança do mercado está indo bem, mas é preciso evoluir sempre. 

— Ajuda muito saber que temos roupas bonitas para comprar. Hoje não tenho problemas, antes sofria. Mas agora sei que quando precisar, vou ter  ressalta a assessora parlamentar, aconselhando as fábricas a buscar cada vez mais inspiração nas tendências da moda.  

O que é plus size?

Basicamente, são os números a partir do 46. Mas há outras particularidades que caracterizam a os tamanhos especiais: 

- As fábricas normalmente consideram plus size os números entre 46 e 54. Mas há marcas que partem para os tamanhos especiais já a partir do 44 

- Algumas empresas não tratam a modelagem plus size somente em relação ao número. A Cativa Mais, por exemplo, desenvolve algumas peças pensando em um perfil comum às mulheres do Sul: naturalmente grandes e altas, com uma estrutura maior, mas não necessariamente estão acima do peso

- Há também mulheres que tem uma parte do corpo maior, sejam os seios, os quadris ou o bumbum. Essas, muitas vezes, precisam de modelos plus size para ficarem mais confortáveis 

-  O mesmo acontece com quem tem pernas ou braços mais grossos: para elas, é preciso modelos com mangas maiores, mas o restante da peça não precisa necessariamente ser grande

Leia a matéria completa no Santa deste fim de semana.

 

JORNAL DE SANTA CATARINA