Paralisação do setor de transporte de valores continua e provoca dificuldades nos saques
Publicado 10/07/2012 às 00:40:44
- Atualizado em 10/07/2012 às 00:50:33
SEM SERVIÇO Quem procurou os caixas eletrônicos de um posto, no bairro Vila Nova, não teve sorte (Fotos Eduardo Montecino)
Ontem à tarde, em Itajaí, teve uma reunião dos grevistas com o setor
patronal das empresas de transporte de valores, mas não houve acerto. A
paralisação continua, sem previsão para o retorno.Entre as
reivindicações da classe trabalhadora estão o aumento de 10% no salário e
o pagamento integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC),
criado com o objetivo de orientar os reajustes de salários dos
trabalhadores.
Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Jaraguá do Sul,
Ademir Edson Fernandes, a cidade depende dos trabalhadores de Joinville
para o abastecimento dos caixas. Ele conta que 98% dos trabalhadores
estão em greve, e que isso representa cerca de 200 pessoas. O presidente
explicou que as empresas oferecem apenas 4,5% de aumento.
Já o Presidente da Federação dos trabalhadores no Transporte de
Valores em Santa Catarina, Luiz Carlos da Silva, disse que quase a
totalidade aderiu à greve. Ele conta que 1,6 mil trabalhadores estão
parados em todo o Estado. “Se não entrarmos em acordo a paralisação vai
continuar”, afirmou Silva.
Procon pode ajudar
O Diretor do Procon de Jaraguá do Sul, Adilson Macario de Oliveira
Junior, explica que o consumidor que se sentir prejudicado por não
conseguir retirar dinheiro, deve solicitar ao banco uma carta por
escrito, informando o acontecido e levar ao Procon. Essa carta serve
para que o órgão consiga abrir um processo administrativo contra o banco
responsável. Segundo o presidente, até ontem não havia recebido nenhum
caso de reclamação oficial. O Procon fica na rua Donaldo Gehring, 175,
Centro. O telefone é o 3275-1425.
Sem dinheiro para aluguel
Sem dinheiro para aluguel
A zeladora Elise Lopes, 38 anos, estava na fila para saque no
Bradesco e não sabia se iria conseguir o dinheiro para pagar as contas.
Ela reclamou que os bancos não estão informando qual o limite máximo
para retirada. “A gente precisa enfrentar a fila e só sabe se tem
dinheiro depois que já perdeu tempo”, relatou. Elise precisa do dinheiro
para pagar o aluguel. “Se eu não conseguir o valor vou ter que pagar
depois”, disse. Ontem, as agências do Bradesco liberavam apenas R$ 500
dos caixas eletrônicos.