quinta-feira, 3 de maio de 2012

Terminam sem sucesso as negociações para fusão de Eliane e Portobello

03/05/2012 | 06h08
As duas catarinenses planejavam a criação de uma empresa com faturamento de R$ 1,1 bilhão
As cerâmicas catarinenses Portobello, de Tijucas, e Eliane, de Cocal do Sul, anunciaram, na última quarta-feira, a decisão de encerrar as negociações para fazer uma fusão das duas empresas. A notícia foi divulgada por meio de fato relevante publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A união, divulgada no final de 2011, iria formar um dos cinco maiores grupos e um dos 10 maiores fabricantes de revestimentos cerâmicos do mundo, com uma produção anual de 60 milhões de metros quadrados.

Segundo o fato relevante, a decisão foi de comum acordo "após a conclusão das diligências previstas". O vice-presidente da Portobello, Cláudio Ávila, informou que a empresa está impedida pelo mercado de se pronunciar até as 9h desta quinta-feira porque tem ações na bolsa.

Em dezembro do ano passado, os presidentes das duas empresas catarinenses, Cesar Gomes Junior, da Portobello, e Edson Gaidzinski Júnior, da Eliane, se reuniram para resolver detalhes importantes do negócio, que deveria ser concluído em março de 2012.

Quando venceu o prazo, as empresas pediram a prorrogação do período para negociar mais ajustes necessários.

Na época, os dirigentes das duas empresas evitaram falar em demissões e garantiram que as marcas Eliane e Portobello seriam mantidas.

À frente do segmento premium, a Portobello é dona da maior rede de lojas especializadas em revestimentos cerâmicos do país, com mais de cem unidades.

Enquanto a Eliane é líder na classe média brasileira, com uma rede de mais de 2 mil distribuidores regionais e igualmente líder no segmento imobiliário e na exportação.

A associação das duas empresas teria sido a solução encontrada para evitar o fechamento de fábricas.

O negócio começou a ser discutido em 2008. Os executivos das duas cerâmicas chegaram a projetar para a empresa, que seria a nova gigante de SC, um crescimento entre 6% e 8% no mercado de revestimentos em 2012 em função da expansão do mercado imobiliário, com juros em queda e inflação controlada.