sexta-feira, 22 de junho de 2012

Correspondências - Eles querem ver o carteiro passar


Moradores dos bairros Três Rios do Sul e do Norte reclamam dos serviços dos Correios

Samira Mara Hahn
Publicado 21/06/2012 às 21:36:39 - Atualizado em 21/06/2012 às 21:55:08
CONFUSÃO O aposentado Santos diz que as contas de luz, água e IPTU têm três CEPs diferentes
(Fotos: Marcele Gouche)
O serviço de entrega de correspondências não é bem avaliado por alguns moradores dos bairros Três Rios do Norte e Três Rios do Sul, em Jaraguá do Sul. A crítica é quanto à falta de atendimento em algumas ruas dessas localidades e também à desorganização de alguns pontos que chegam a ter mais de um Código de Endereçamento Postal (CEP) e, até mesmo, nem ter essa referência de localização.
Há três anos morando na rua Alinda Schwarz Schmidt, no bairro Três Rio do Sul, o aposentado Silvio Timóteo dos Santos, 62 anos, lamenta a situação das entregas dos Correios na localidade. Ele conta que não recebe
nenhum tipo de correspondência desde que se mudou para a rua. Santos explica que no início não recebia nem a conta de água, mas que depois de um manifesto dos moradores junto à Prefeitura, começaram a receber a fatura em casa pelo Serviço de Água e Esgoto (Samae).
O aposentado lembra que já deixou de receber muitas cartas importantes como, cartões do banco e o boleto do financiamento do carro. Ele diz que a situação causa transtornos. "Até para poder pagar o carnê do IPTU tem que correr atrás do boleto. O jeito é ir, constantemente, até a agência dos Correios, no Centro, pra ver se tem
alguma carta ou conta", afirma.
Outra situação que incomoda os moradores é a confusão no CEP da rua. Segundo Santos, são três números diferentes: um na conta de luz, outro na conta de água e o código no carnê de IPTU. "A Prefeitura diz que o cer-
to é aquele que consta no carnê do imposto", se indigna Santos.
O loteamento foi criado há quase cinco anos. Cerca de 30 moradores sofrem com essa confusão. "A situação foi informada à Prefeitura e aos Correios, mas nada foi resolvido", reafirma o aposentado.

Alternativa

Como os carteiros não entram algumas ruas do bairro Três Rios do Norte para fazer as entregas, a solução foi montar uma espécie de agência alternativa de recebimento das cartas num mercado, na rua Lino Piazera.
São cinco armários de metal, que totalizam 360 caixas postais.
Para ter direito a uma dessas caixas a população tem de se cadastrar na Associação de Moradores. Devido à grande quantidade de interessados, uma mesma caixa postal chega a ser ocupada por cinco destinatários. E isso aumenta o risco de extravios de correspondência. Por isso, a diarista Inelori Besehe, 50, prefere que as cartas sejam entregues para sua mãe, que mora em Guaramirim. Ela mora há 12 anos na Rua Irregular (RI)
006, e conta que todas as sete ruas da região, na qual residem cerca de 190 famílias, os moradores precisam percorrer o trajeto de aproximadamente dois quilômetros até o mercado, para pegar as correspondências.
A diarista explica que contas de luz e água são entregues em casa e questiona o motivo dos carteiros não passarem na rua.

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