Dois homens foram agredidos. Um foi atingido por bala de borracha na perna e outro por spray de pimenta pelo corpo
Publicado 02/04/2012 às 12:52:45
- Atualizado em 02/04/2012 às 13:03:04
De acordo com Marcelo, tudo teria começado na noite de terça-feira, dia 27, quando dirigia seu Saveiro no bairro Guamiranga, em Guaramirim. Ao perceber que dois veículos se aproximavam em alta velocidade, Marcelo teria realizado uma manobra com o carro para dar passagem aos veículos.
Segundo ele, a PM teria visto a manobra e seguido Marcelo até sua casa. No local, um dos policiais teria começado a insultar e ameaçar Marcelo e seus familiares. Quando o policial teria dito que chamaria o guincho para recolher o carro, Marcelo conduziu o carro até a garagem.
Seu irmão Márcio, ao advertir que os policiais não poderiam entrar no terreno, teria levado o tiro. Depois, os policiais seguiram Marcelo, que havia fugido ao ouvir o disparo, e o teriam agredido.
No dia seguinte, Jeison Pereira, de 28 anos, teria sofrido abuso de autoridade pelo mesmo policial que havia atirado em Márcio. Segundo Jeison, na noite de quarta-feira, dia 28, o policial o teria visto dirigindo um veículo com problemas em um dos faróis.
Ao ser abordado, Jeison teria dito que arrumaria o farol e que não era preciso uma notificação. Mesmo assim, o policial o autuou e, ao sentir-se ameaçado, Jeison teria corrido em direção ao Posto 28, em Guaramirim. Lá, Jeison teria sido imobilizado pelo pescoço enquanto outro oficial, que acompanhava o PM, atirava spray de pimenta pelo corpo de Jeison, inclusive dentro da boca.
Segundo o Major Jofrey Santos da Silva, da PM de Guaramirim, ambos os casos serão avaliados e então se decidirá por uma sindicância, um processo administrativo ou um inquérito policial.
“O que nós temos aqui são as versões divergentes. Na versão da PM, temos que tanto Marcelo quanto Jeison teriam enfrentado os oficiais. Marcelo teria dado um ‘cavalinho de pau’ na frente da viatura e Jeison estaria circulando com veículo que apresentava irregularidades.”
Mas Jofrey garantiu que o caso não ficará sem solução. “Apontados os culpados, sejam os policiais ou as supostas vítimas, eles serão punidos em forma da lei.”