terça-feira, 26 de junho de 2012

Insegurança - Acessos a ponte causam preocupação


Obra já foi inaugurada, mas não oferece estrutura suficiente a pedestres e ciclistas

Samira Mara Hahn
Publicado 26/06/2012 às 08:50:04 - Atualizado em 26/06/2012 às 08:56:49

 
A trinta dias de completar um ano de inauguração, os acessos para a ponte que liga os bairros Ilha da Figueira e Centenário apresentam problemas que preocupam os moradores da região. A falta de calçada para o pedestre, a ciclovia que termina de encontro com os carros e a má conservação da estrutura oferecem riscos aos usuários.


PRECARIEDADE Emir Franzoi mostra rampa improvisada no local
(FOTO: Eduardo Montecino)




O aposentado Emir Franzoi, 53 anos, sai para caminhar com a esposa, Maria Cristina Doering, todos os dias de manhã. O trajeto começa em sua casa, na rua lateral da José Theodoro Ribeiro, na Figueira, passa pela ponte, vai até a Avenida Prefeito Waldemar Grubba, no Centenário, e volta pelo mesmo percurso. “De um lado da passagem o espaço que era para ser construída a calçada está cheio de mato, e do outro tem a ciclovia, que termina quando encontra com os carros da rotatória”, relatou o aposentado.
Ele contou que no final da ciclovia, do lado do bairro Ilha da Figueira, o ciclista tem que escolher entre duas opções: descer da bicicleta e entrar no mato ou disputar espaço com os carros. Outra coisa que chama atenção é a iluminação. O aposentado relatou que os postes de luz foram trocados há seis meses, e que estão direcionados para uma calçada que não existe.
Franzoi contou que já foi atrás da solução do problema diversas vezes. “Liguei várias vezes para a Secretaria de Obras e não consegui contato. Cheguei a ir até lá e não fui atendido”, disse. Ele ressaltou que uma das soluções que a prefeitura encontrou foi a construção de uma rampa para que os ciclistas consigam desviar por uma área de vegetação baixa, sem precisar dividir a pista com os carros.
A auxiliar de produção Daniele Messias Ribeiro, 27 anos, também se sente insegura. Ela explicou que quando o marido não a busca no trabalho, precisa voltar para casa a pé e atravessar a ponte. Ela ressaltou que na entrada da ponte tem um buraco de cerca de 30 centímetros de profundidade. Outra situação que deixa a pedestre em alerta é a falta de alambrado em uma parte do trajeto.
O secretário de Planejamento e Urbanismo, Aristides Panstein, explicou que há quase um ano uma cerimônia inaugurou a estrutura da ponte e das ruas que foram abertas, e não das calçadas. Ele afirmou que a prefeitura está elaborando um projeto de reurbanização daquela região, onde será construída a área de lazer, com parquinho, e a implantação das calçadas. Panstein destaca que a responsabilidade das calçadas é dos proprietários dos imóveis no local, e a parte que cabe à prefeitura será realizada, mas ainda não tem prazo definido. Em relação à ciclovia, ele informa que na elaboração do projeto também está sendo pensada uma solução para os ciclistas.


O Correio do Povo
http://www.ocorreiodopovo.com.br/geral/inseguranca-acessos-a-ponte-causam-preocupacao-6913711.html