quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Divisão de segurança do governo alemão recomenda o Chrome

Por Computerworld/US 

Publicada em 07 de fevereiro de 2012 às 08h30

BSI afirma que sandbox e atualizações silenciosas fazem do navegador da Google o mais seguro do mercado.

O Escritório Federal para Segurança da Informação da Alemanha, conhecido pela sigla BSI, recomenda aos funcionários do Estado a adoção do Chrome como navegador padrão, graças aos seus recursos de atualização silenciosa e de sandbox.

“O browser é o principal componente para a utilização de serviços da Web e, portanto, representa o maior alvo para ataques cibernéticos”, diz o documento do BSI, que lista as melhores práticas para a proteção da máquina. “Ao usar o Chrome junto com outras medidas citadas acima, você conseguirá reduzir significativamente os riscos de uma ofensiva bem sucedida”.

Embora outros navegadores também possuam sandbox, o documento argumenta que neles a ferramenta não foi tão bem implantada. A divisão de segurança na Alemanha, ao contrário da dos Estados Unidos, por exemplo, tem o costume de sugerir os softwares a serem utilizados. Há dois anos, anunciou que o Internet Explorer teria de ser abandonado pelos servidores públicos, já que uma vulnerabilidade, explorada por hackers chineses, ainda não havia sido corrigida.

Por conta de um acordo entre a União Europeia e a Microsoft – acusada de comportamento anticompetitivo – os usuários no continente não recebem um Windows 7 com o IE instalado. Ao se conectarem a Internet, uma janela com os principais navegadores aparece; basta escolher um e esperar por sua instalação. Por isso, provavelmente, a participação do IE na região é menor em relação a outras.


Como era de se esperar, a Google se mostrou bastante satisfeita com a recomendação. “Estamos honrados por ver que várias das virtudes (do Chrome) em segurança foram reconhecidas no documento”, afirmou Wieland Holfelder, que lidera o desenvolvimento do browser na Alemanha, na última sexta-feira (3/02), via blog oficial.

A Mozilla tem trabalhando para incorporar atualizações silenciosas ao Firefox, mas isso só deverá ser concretizado em junho. O browser também não possui sandbox, mas em breve interpretará cada aba como um processo diferente – assim como Chrome – de modo que a falha em uma não afete as outras.

Outros conselhos, além do navegador, foram dados pelo BSI: a adoção do Adobe Reader X – que vem com o sandbox – e do Secunia Personal Software Inspector (PSI), aplicativo que examina o computador e aponta os programas que precisam de update, além de direcionar o internauta para o download. Por fim, insistiu que o Windows Update deve ser configurado para os patchs sejam instalados assim que liberados.

(Gregg Keizer)