Rosana Ávila foi enterrada às 18 horas de domingo, no cemitério do Rau
Publicado 07/02/2012 às 11:34:12
A morte de Rosana Ávila, 29 anos, no início da madrugada de domingo,
na UTI do Hospital e Maternidade São José, ainda é um mistério para a
medicina. A mulher que perdeu o bebê de seis meses de gestação, com
suspeita de H1N1 descartada através de exame enviado ao Lacen
(Laboratório Central), em Florianópolis, na sexta-feira, chegou a passar
por cesária de emergência. A paciente apresentou pequena melhora, mas
não resistiu ao quadro grave de pneumonia. Foi acompanhada pelo
infectologista Willy Hiraga, que considerava o caso grave. Rosana Ávila
foi enterrada às 18 horas de domingo, no cemitério do Rau. Um primo de
Rosana também foi internado com suspeita de H1N1.
Ontem a reportagem do O Correio do Povo tentou buscar informações no
Hospital São José, mas a instituição não autorizou ninguém a dar
qualquer posição sobre o caso. A família e as pessoas que tiveram
contato com ela são monitoradas pela Vigilância Epidemiológica.
O pai de Rosana, o soldador Valmor de Ávila, 50, visivelmente
desolado, disse por telefone que está aguardando um novo resultado do
Lacen para identificar a causa da morte da filha, que segundo ele, na
certidão de óbito foi registrada como falência múltipla de órgãos. ‘É um
vírus que bateu muito forte. Em oito horas ela ficou internada, não
reagiu a nenhum tratamento e morreu. Esse vírus bloqueou as veias do
sangue e ela não reagiu à medicação. Não dá para se culpar ninguém. Para
mim, foi feito de tudo”, lamenta. “Pelo que soube, foi um vírus
desconhecido. Foi feito um exame na segunda-feira passada, e o resultado
deve sair em 15 dias. A gente espera que descubram para que outras
pessoas possam se prevenir.” Valmor prometeu entrar em contato com a
imprensa tão logo saia o resultado do Lacen.